Existem inúmeras evidências científicas que relacionam o bem-estar e a saúde emocional à saúde física. Dentro desse conceito, a música e todas as formas pelas quais ela influencia positivamente ajudam a manter o bem-estar e a saúde do indivíduo. Mas os sons e notas como tratamento vão muito além das sensações prazerosas que as músicas que nos
agradam podem trazer. A musicoterapia, como o nome sugere, é uma forma de tratar os
pacientes através da música.

Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia (WFMT) — ou Federação Mundial de
Musicoterapia, em tradução livre —, uma modalidade consiste no uso da música e seus
elementos, como ritmo, som, melodia e harmonia, para fins terapêuticos, para atender às
necessidades físicas, cognitivas, mentais, sociais e cognitivas

Mas como isso funciona? O nome e o fácil acesso à música podem transmitir um equívoco
de que a terapia consiste apenas em uma faixa ou canto. A musico terapeuta, violoncelista,
educadora musical e presidente da Associação de Musicoterapia do Distrito Federal, Ângela
Fajardo, explica que a música usada como terapia é diferente da composição como
performance artística. “Eles têm propósitos diferentes. Por mais que você se sinta bem em
um show ou show e o que é benéfico para aquele som, não é algo dirigido ou trabalhado
diretamente por você, como é na terapia”, explica.

Em uma sessão de musicoterapia, os elementos sonoros são usados de acordo com o
objetivo terapêutico destinado a um paciente ou grupo, e ela pode ser ativa ou passiva, a
depender das necessidades e capacidades individuais. A musicoterapeuta Sarah Costa
explica que é feita uma avaliação inicial, na qual é identificada a demanda do paciente,
sendo ela de reabilitação ou de desenvolvimento. A partir daí, é criado um plano
musicoterapêutico.
Na musicoterapia ativa, o paciente é convidado a cantar, vocalizar sons e manusear
instrumentos musicais de forma livre ou de acordo com a orientação do terapeuta, de
acordo com o problema ou dificuldade a serem tratados.

Existem diversas formas de abordagem. Quando o paciente precisa trabalhar habilidades
de comunicação, por exemplo, ele pode ser incentivado a explorar os sons que é capaz de
produzir. Já no caso de um paciente tratando a psicomotricidade, ele é estimulado a tocar e
explorar os instrumentos.
Por meio dessas expressões, o terapeuta consegue alcançar os conteúdos internos daquele
paciente e trabalhar com as técnicas mais convenientes. Seja guiado ou explorado
livremente pelo paciente.
Entre as técnicas, ela cita a improvisação musical, que é trabalhar uma composição instantânea com o paciente, incentivando-o a mencionar os assuntos e temas que o levaram à terapia. A improvisação pode usar palavras e melodias ou apenas o ritmo dos nstrumentos escolhidos. “Nesse diálogo, forma-se um vínculo sonoro e uma comunicação paciente e terapeuta. Até o instrumento escolhido pode dizer muito sobre a personalidade e o que leva a pessoa a esse teste terapêutico”, acrescenta.
Principais vantagens da musicoterapia
- Ajuda no desenvolvimento do foco, atenção e criatividade
- Ajuda a aliviar sintomas de ansiedade e depressão.
- Desenvolve habilidades pessoais e autoestima.
- Diminui processos de insônia.
- Atua na reabilitação motora, na motricidade fina e ampla.
- Promove movimentação das articulações e diminuição de dores crônicas.

Fontes
- https://www.researchgate.net/publication/317470731_A_musica_a_saude_e_o_bem_estar/link/5a3a44a3458515889d2c0764/download
- https://www-correiobraziliense-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2021/11/amp/4961311-quando-a-musica-e-usada-para-promover-bem-estar-e-saude-mental.html?amp_gsa=1&_js_v=a9&usqp=mq331AQKKAFQArABIIACAw%3D%3D#amp_tf=De%20%251%24s&aoh=16662020151552&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&share=https%3A%2F%2Fwww.correiobraziliense.com.br%2Frevista-do-correio%2F2021%2F11%2F4961311-quando-a-musica-e-usada-para-promover-bem-estar-e-saude-mental.html
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